Olho os passos que não deixo,
Pelo longo caminho em que sigo.
Ao longe avisto uma pedra,
Então me aproximo.
Não é uma pedra, é um corpo,
Meu Deus!
Vejo a minha frente um caminho,
Mais longo, a cada passo que dou.
Então o chão como a pele da seca, transforma a sede de seguir.
Como prosseguir se a cegueira,
Deixa o caminho, distante, longe.
Tem algo no horizonte,
E tenho que chegar.
Assim continuo caminhando,
E não importa aonde chego,
Lá estará meu descanso,
Lá serei pó.
Itamar Nunes
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