Os olhos têm apenas a escuridão,
Os ouvidos à melodia melancólica do silêncio,
Os lábios a secura da desidratação,
O corpo o chão frio e extenso.
O ar não chega mais aos pulmões,
As mãos estão frias e suadas,
Os vermes parecem ser o estômago,
E na mente todo o torpor da existência.
Sinto a lembrança do oposto,
E o coração no descompasso,
Sinto o esvaecer da alma,
E o pensamento no espaço.
Bela morte que me espera,
Nos braços desta mulher,
Percebo a hora chegar,
Morrerei hoje de amor.
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