Há muito, meus pais diziam que vivemos em um país livre, onde jovens lutaram e muitos morreram quando imprimiram um “cale-se” em seu direito de expressão, anos se passaram e a metamorfose do mundo, acompanhou a liberdade adquirida nos moldes da selvageria.
Que hoje sai da casas humildes e ingressa a tão nobre aquarela da elite, distante das inquietudes e discrepâncias sociais. O universo da violência deixou de girar, perdendo seu centro gravitacional focado em sua periferia, desafiando a física moral e fixando como eixo de rotação os dias morosos de escol.
Tanto se fez, que pouco mudou! Talvez o passado esquecido na gaveta das histórias sem ter a quem contar, deixa a juventude sentar-se ao espelho sem imagem, sem identidade, sem desejo, dos quais, se ver é ter que esquecer a si mesmo.
Então, não sei se estou vivo em um país que é livre ou se vivo em um país livre!
Livre para as injustiças.
Livre para matar.
Livre para roubar.
Assim, nunca serei amigo do rei, por isso, não vou embora!
Vou para a locadora onde terei a mulher que quero, na fita em que escolherei.
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