O vento um som em silêncio,
Uma triste canção,
Folhas secas caem sobre a terra,
Partituras em movimentos sem fim.
Melodias sorrateiras nas arvores,
Como um pássaro livre,
Entre os galhos sinfônicos dançantes,
Batutas orquestrantes do dia.
E quem vem neste caminho?
Saudade do sol como poesia quente,
Lugarejo de pés descalços,
Uma casa sem teto, sem janela, sem porta.
Lágrimas de um sertanejo sobre a seca,
Palavras do analfabeto com livros na mão,
Uma reza aos filhos que não vingaram,
Ladainha da vida do sobrevivente.
Itamar Nunes
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