Quero ver o sol nesse jardim,
De olhares diferentes que se tornam iguais,
Colher sementes entre concretos e lixo,
A esperança que um dia refaz.
O futuro se perde entre máquinas,
Máquinas se perdem entre prédios,
Prédios se perdem entre cidades,
Cidades se perdem frente ao egoísmo.
Nasce nesse jardim rosa negra,
Raízes de extremos continentais,
Fruto para serem colhidos são,
Por Paulo, Luiz, José ou João.
Não quero armas em minhas mãos,
Não quero lanças em meu pescoço,
Não quero grades que me proteja,
Quero liberdade, quero união.
E que o contraste não deixe sombrio,
Um olhar cego pelo sol,
Há vidas...
Olhe para si, olhe ao redor.
Itamar Nunes
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