Se meus olhos fecho,
Incrédulo,
Se minha boca abre,
Sinto o gosto das moscas.
E meu corpo apodrece,
Como as palavras,
Como as imagens,
E caminho com a pedra.
Nos ombros as feridas,
As dores me consolam,
A carne viva,
Alimento da varejeira.
Faz a terra mortalha,
Do mundo infiel,
Do homem cruel,
Das vozes caladas sem mordaças.
Itamar Nunes
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